domingo, 3 de agosto de 2014

VIAJANDO SOZINHO

Muitas vezes deixamos de realizar aquela viagem dos sonhos porque não bate as férias com a namorada, amigos ou familiares. Ou simplesmente, porque você não conhece ninguém que tope realizar aquela aventura/loucura que você deseja.

Mas e aí, deixar de ir ou postergar a realização de um sonho? Ou fazer a aventura sozinho? Sou muito suspeito em falar até porque boa parte de minhas mochiladas foram feitas de forma só. Mas uma coisa eu te digo, se tiver a oportunidade de viajar não pense duas vezes e VIAJE!!!

Primeiro é importante ter em mente que viajando sozinho você terá que estar muito bem consigo mesmo para se divertir e aproveitar o passeio. Ter ciência que em alguns momentos você não terá com quem conversar e compartilhar as experiências/sentimentos da viagem, ou simplesmente ter dificuldades de tirar uma foto que não seja selfie (nessas horas um tripé fajuta do dx.com ou aliexpress.com pode ajudar #Ficaadica).

No entanto, se você seguir algumas digas mesmo viajando sozinho você nunca estará plenamente só. Isso porque diversas pessoas viajam sozinhos e acabam se hospedando em hostels, portanto, vale a pena pesquisar bem o lugar onde você vai ficar para poder se interagir com a galera. Fuja de hotéis e apartamentos que não vão te proporcionar nenhum contato com outras pessoas. Uma outra dica é usar o sistema Couch Surfing que é a possibilidade de você ficar de graça na casa de um nativo, podendo interagir com a comunidade local.

Na minha experiência que tive em Hostels da America Latina fica nítido a grande quantidade de pessoas viajando sozinho por todo o Planeta. Inclusive culturalmente falando é muito comum ver jovens europeus que a partir de 14 a 16 anos começam a trabalhar como garçons, babás, vendendo algo, etc; juntam uma grana e com 18 anos vão rodar o mundo.

Na hora de planejar o destino você pode colocar como entrave a vulnerabilidade na questão da segurança por viajar sozinho. Mas nada que um bom planejamento e uma redobrada atenção não ajude.   Estando só aumenta-se o risco, mas sempre alerto que em qualquer parte do mundo não se pode ficar “dando toca” na rua ou indo em lugares inapropriados em horas inapropriadas. Ir para o Carminito a noite e ficar andando por os arredores de La Boca (bairro de Buenos Aires) sozinho é pedir para ser assaltado.

Um outro ponto não menos importante é a questão de saúde. Viajando acompanhado você sempre terá um companheiro que poderá te ajudar se vier a ter algum problema de saúde, no entanto, você tem como mitigar esse risco. Especificamente se for para o exterior é muito importante a contratação de um Seguro Saúde, você não tem ideia de quanto pode ser a “facada” de precisar de cuidados médicos em outro país. O seguro é um gasto que pode evitar uma grande dor de cabeça lá na frente. Uma outra dica é pesquisar os passeios que deseja fazer, pois a chance de dar algo errado é menor! Em passeios que envolvem aventura é muito importante procurar por empresas serias que vão proporcionar a estrutura necessária para você poder ter emoção com segurança. Desconfie de passeios e empresas muito abaixo da média, pode ser cilada! #FicaaDica

A respeito da idade para viajar sozinho não existe. Na minha ida para Ilha de Pascoa encontrei um Senhor de mais de 65 anos que viajava sozinho com muita disposição, enquanto que dá mesma forma que minha primeira mochilada sozinha se deu com 21 anos no Peru e é natural encontrar uma galera a partir de 18 anos de toda a parte do Mundo. A idade importante para se mochilar (seja sozinho ou em grupo) não é a do corpo e sim a da Alma!!!

Viajar sozinho pode ser uma excelente experiência! Você estará mais predisposto a fazer novas amizades, não ficara preso naquele programa de índio que alguém de seu grupo quer fazer e será uma atividade de autoconhecimento.  Perrengues e dificuldades? Claro que existirão, entretanto, com uma boa dose de planejamento e um bom espirito aventureiro você superará os obstáculos e terá história para contar para os netos e incentiva-los a fazer as suas aventuras!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

PATAGÔNIA Argentina: EL CALAFATE

E vamos para a ultima parte de nosso relato na Patagônia Argentina. Antes de iniciar fica a menção que se tivesse mais tempo teria ido para Torres Del Paine no Chile para fazer o circuito W de 4 dias, mas fica para uma próxima mochilada.

Após a passagem por Ushuaia, segui de avião para El Calafate! Como era só uma breve passagem pela cidade, o objetivo era conhecer o Glacial Perito Moreno, mas deu para dar uma olhada na cidade!

Onde Ficar?

Após muitas pesquisas fiquei no Hostel America del Sur que possui uma estrutura excelente, um ótimo staff, uma boa sala de convivência e definitivamente a melhor vista de um hostel que já fiquei. Na sala de convivência existe uma grande janela que proporciona uma visão panorâmica da cidade.

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O único porem do Hostel é que ele não fica na região central da cidade, mas nada que uns 7 minutos de caminhada não resolva ou um taxi baratinho para chegar na rua central.

O que Fiz?

No dia que cheguei aproveitei para ir no Museu do Gelo e no Bar do Gelo (nomes abrasileirados) que ficam cerca de 6 km do centro da cidade. O translado é gratuito, você pega no centro da cidade e tem translados a cada 1 hora.

Chegando lá você compra as entradas para o Bar e o Museu. Gostei muito do museu, pode-se ver documentários (em especial 1 que é 3D e mostra imagens do Parque Nacional Perito Moreno), painéis interativos e diversas maquetes mostrando a importância dos glaciares para nosso Planeta e como se dá a formação da neve, do gelo e dos glaciares. Realmente show de bola

A outra atração do local é o Ice Bar que é algo para pegar turista disposto a gastar para tirar algumas fotos. Você entra no estabelecimento, fica 15 minutos, e pode beber a vontade. Todavia o pouco tempo, a aglomeração de gente e a limitada opção de bebidas faz com que eu não recomende o lugar. Muito caro, turístico e tempo limitado!

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Mini-Treeking no Glacial Perito Moreno

Experiência Fantástica. Essas seriam as duas palavras para se resumir o passeio pelo Perito Moreno. Dificilmente terei a oportunidade de fazer um treeking encima de um glacial novamente, mas tenho certeza que a experiência de andar sob o imponente Glacial Perito Moreno me marcará para sempre.

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O passeio começa bem cedo e a empresa que possui a concessão Hielo y Aventura passa te pegar bem cedo no hostel. Depois junta a turma que vai fazer o Mini-treeking e a turma que vai fazer o Big Ice. Acabei fazendo o Mini-treeking por falta de disponibilidade do Big Ice, portanto #ficaadica de quanto antes reservar a aventura melhor.

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Basicamente a diferença do Mini para o Big Ice é o tempo de passeio e o preço. Enquanto o primeiro custa 800 pesos e você caminha por cerca de 3 horas, o ultimo custa 1200 pesos e tem a duração de 7 horas de caminhada. Frisa-se que o custo da entrada do Parque Nacional (150 pesos) não esta inclusa e deve ser paga a parte.

O passeio se inicia com a chegada ao Parque Nacional Perito Moreno, onde pegamos um Catamarã que nos leva até o Glacial. Lá vestimos as botas apropriadas para andar no gelo e começamos a caminhada. A estrutura da empresa é coisa de Primeiro Mundo. As pessoas são divididas em pequenos grupos, e cada grupo desses possui dois instrutores.

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A sensação de andar sob o gelo é fantástica e proporciona imagens vislumbrantes.

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No final do passeio você pode desfrutar uma dose de uísque com o gelo do glacial.20140417_122412 Muito importante seguir as recomendações dos instrutores. Quando voltei para o Hostel conversei com uma Argentina de Buenos Aires que havia quebrado o pé durante o passeio por descuido. No entanto, a mulher falou que o atendimento de emergência pela empresa foi exemplar, proporcionando inclusive o pagamento das despesas médicas no hospital da cidade.

É isso galera! Qualquer duvida estou a disposição! Até a Próxima Aventura!

sábado, 17 de maio de 2014

PATAGÔNIA Argentina: USHUAIA Segunda Parte

Seguindo nosso relato na Tierra del fuego, mostrarei nessa parte mais três passeios em USHUAIA.
Passeio 4x4
O passeio te proporciona imagens vislumbrantes, uma excelente parrilhada e um bom papo com outros viajantes. O carro passa te pegar bem cedo no hostel. Você faz o deslocamento na famosa rota 3 por um veículo 4x4. Na estrada principal você para num estabelecimento para conhecer os cachorros que são usados para puxar os trenós durante o inverno e também é possível tomar um café ou chocolate quente para dar uma esquentada no corpo. Seguindo o passeio você vê o mirante do Lago Escondido e adentra numa estrada de chão
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Durante o passeio você vê diversos Diques feitos por castores. Os castores viraram uma praga na Terra do Fogo, sendo inclusive permitido sua caça. Eles não são naturais da região e foram importados do Canada na década de 50 para a produção de tecelagem. A indústria da pele não prosperou, mas, cresceu em larga escala a presença dos esquilos na localidade. O grande problema é que por natureza os esquilos fazem diques, esses diques depois de prontos inundam uma enorme área que acaba gerando um desequilíbrio ecológico. A culpa é/foi dos esquilos? Claro que não, os castores foram introduzidos artificialmente na região.
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Além dos castores e seus diques, durante o passeio é possível avistar diversas Aves (tive a oportunidade de ver um Pica-Pau).
Chegando próximo do Lago Fagnano o carro para e permite que você faça uma breve caminhada até o lago. Após o tempo para as fotos e contemplação, nos dirigimos ao refúgio onde os próprios guias fazem um excelente churrasco regado a vinho. O momento é propício para um bate papo com outros viajantes e troca de experiências sobre a viagem.
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Após o almoço nos dirigimos a costa do Lago Escondido e foi nos proporcionado a oportunidade de andar de canoa na água. A sensação de remar num lago, no fim do mundo, olhando as montanhas com os picos nevados é muito boa! #valeapena apesar do esforço!
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Agora o passeio como um todo é indispensável? Vale a pena o custo de $800,00 (oitocentos pesos)? Valer a pena vale, no entanto, diria que não é algo indispensável para se fazer em Ushuaia se haver poucos dias para conhecer a região. Cumpre destacar que se você tiver em grupo pode alugar um carro que verá quase as mesmas paisagens, terá a oportunidade de conhecer outros belos lugares e não ficará preso ao roteiro imposto por uma empresa.
Parque Nacional Tierra del Fuego 
Se o passeio do 4X4 gera controvérsias, a ida para o Parque Nacional é imperdível. Vá cedo, pois o Parque possui muitas trilhas e merece pelo menos um dia de dedicação lá. Fiz a Trilha Costeira que possui 8 Km e mais algumas menores que no total fechou uma distancia de cerca de 14km durante o dia todo!
Existem duas formas tradicionais de chegar ao Parque, a primeira é com o Trem do Fim do Mundo que acabei não indo e a outra é de ônibus. Quanto a ida pelo Trem se você pesquisar um pouco verá que as opiniões são muito divergentes, tem gente que adora e gente que não curte muito. Pelo que pude perceber e pelos comentários locais a ida ao Parque pelo Trem do Fim do Mundo rende algumas paisagens bonitas, mas é algo monótono, demorado e bem CVC. Minha dica é se você tiver uma quantidade razoável de dias em Ushuaia pode ser que vale a pena, mas se a viagem for corrida que nem foi a minha, acho que se pode aproveitar o Parque Nacional indo cedo e direto para lá de Ônibus ou Carro.
Existem diversas paradas de ônibus para as diversas trilhas do Parque Nacional, se você tiver apenas um dia recomendo que faça pelo menos a Trilha Costeira que apesar da longa caminhada, trará visuais impressionantes como os abaixo:
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No final da caminhada fomos presenteados com o encontro de uma raposa no meio da rota 3!
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Cumpre destacar que no inicio da trilha você tem os Correios do Fim do Mundo, ali é possível você carimbar seu passaporte e mandar um postal através Serviço Postal mais austral do Mundo #FicaaDIca para mandar uma recordação para um parente ou amigo que não more na mesma cidade que você!
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Ida ao Glaciar Martial
Como na semana que fui para a Patagônia Argentina não tinha nevado, a solução para ver os flocos de neve era ir subir o Glaciar Martial. Uma subida íngreme e cansativa que no inverno e verão, ou seja em alta temporada, pode ser feita por um teleférico. Além de ser um bom treeking na montanha, lá em qualquer época do ano é possível ter contato com a neve e possivelmente ver os flocos de neve caindo do céu (como no vídeo abaixo).


 
A subida na montanha é possível ser feita em meio dia, pois só é cansativa pela subida e não pela distância. Recomenda-se levar agua e barra de cereal, pois aparentemente os únicos lugares para a compra dos mesmos é antes da subida.
A subida é imperdível, visuais magníficos e contato com a neve. Quem vai para Ushuaia tem que subir no Glaciar.
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Obs: No caminho da ida ou da volta é legal parar o carro para tirar uma foto panorâmica da cidade. Se você der sorte e o tempo estiver limpo, pode ter certeza que será uma recordação muito top de Ushuaia.
Por hoje é só! Na próximo e ultimo relato da ida para Patagônia Argentina passarei umas dicas de El Calafate e do Treeking no Perito Moreno. Até a próxima!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Patagônia Argentina–USHUAIA Primeira Parte

Aproveitando o feriado prolongado de Pascoa e Tiradentes resolvi dar uma fugida da rotina e parti rumo a uma mochilada na Patagônia Argentina, nas cidades de Ushuaia e El Calafate. Achei mais fácil e didático separar o relato em partes para não ficar cansativo e proporcionar mais detalhes e dicas de lugares e passeios.
Ushuaia – Primeira Parte
Ushuaia é a cidade mais ao sul do Planeta, fica localizada na Terra do Fogo, nome esse dado pelos europeus quando iniciaram as navegações marítimas e ao passarem no extremo sul da America observavam diversos indígenas que faziam fogo para poderem se esquentar do tenebroso frio da região.
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Quando ir:
Ushuaia, cidade mais austral do Mundo, pode ser visitada em todos os meses do ano. Cada estação tem sua peculiaridade. Se no inverno as estações de esqui estão abertas e os atrativos da neve podem ser aproveitados, o verão proporciona visuais fantásticos e dias extremamente longos (cerca de 17 horas de exposição de luz solar). Por outro lado, fui agora no outono e pude constatar peculiaridades únicas dessa estação como as diversas folhas caídas nos passeios e um visual bem típico dessa época do ano. Durante a semana de minha estadia nevou bastante na cidade de Ushuaia, mas não é regra. Se você quiser ver neve nesse período tem que ir para o Cerro Martial, onde na certa se terá contato com a neve.
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Como Chegar:
Através de avião se tem voos diários de Buenos Aires, sendo operados pela Lan e pela Aerolineas Argentinas. Optei por uma promoção da segunda empresa. Não tive problemas e inclusive gostei muito do serviço de bordo da Aerolineas, no entanto, conheci duas pessoas em Ushuaia que tiveram problemas com extravio de bagagem pela empresa aerea argentina. Uma viagem Buenos Aires X Ushuaia dura cerca de três horas, e se estiver vindo de Calafate a viagem dura cerca de 1 hora.
De forma terrestre a viagem dura cerca de 30 horas de ônibus vindo de El Calafate. Tanta demora se justifica pelo fato de você passar por terras chilenas, acarretando duas imigrações. Se vier de ônibus, cuidado com as suas bagagens. Procure trancar as mochilas com cadeados e manter por perto sua bagagem de mão. Os Carabineros (nome dado aos policiais chilenos) são rígidos na fiscalização e o cuidado se faz necessário para cuidar de alguém colocar algo indesejado em suas bagagens.
Onde Ficar:
Existem diversos hostels na cidade. Depois de pesquisar muito resolvi escolher o Hostel Antarctida que além de possuir um preço em conta (em torno de 140 pesos argentinos por noite), possuí uma excelente área de integração entres os hospedes. Para quem viaja sozinho é uma boa forma de se socializar com outros mochileiros.
O único porem do Hostel é que os dormitórios não possuem banheiros nos quartos e que os banheiros ficam em outro piso. Um leve transtorno, mas que deve ser destacado ainda mais num lugar extremamente frio como Ushuaia.
Mas no geral a avaliação é boa. Staff atencioso, preço excelente,  eficiente sistema de calefação, boa internet wi-fi e excelentes áreas de socialização na cozinha e na sala.
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Cambio
Diferentemente de Buenos Aires que você consegue fazer tranquilamente o cambio negro na Calle Florida com uma cotação mais agradável que o dólar oficial, em Ushuaia não existe tanta oferta de cambio vantajoso. Você conseguirá cotação melhor em Restaurantes e no Cassino. #FicaaDica de na vinda, em Buenos Aires, você trocar seus Reais ou Dólares por pesos. Eu acompanhei o cambio e troquei o meu dinheiro com o pessoal dessa pagina do facebook aqui. (recomendo).
Onde Comer
Existem diversos restaurante na cidade com os mais diversos preços. A dica é que você não deixe de experimentar a Centolla e o Cordeiro Patagonico, pratos típicos da região. Na verdade, não recomendarei nenhum estabelecimento especifico, pois na avenida principal existem diversos restaurantes. Se você quer economizar com um lanche rápido a ida ao Bananas Bar é uma opção altamente recomendada.
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Passeios:
A cidade possui diversos atrativos turísticos e nesse primeiro post trataremos acerca de dois passeios realizados no inicio da viagem: o passeio no Canal Beagle e a visita a prisão do fim do mundo.

Canal Beagle
O passeio ao Canal Beagle é realizado por diversas empresas e cada um tem a sua peculiaridade. Os valores variam entre 400 a 800 pesos. Optei pela empresa Três Marias (que além do tradicional passeio no Canal, também oferece um treeking na Ilha H). Uma outra opção para quem vai no Verão é dar uma olhada no passeio da PiraTour que além das tradicionais ilhas ofertadas, também vai para Isla Martillo ( também conhecido como Pinguineira) que é onde ficam milhares de pinguins durante determinados meses do ano.
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Sobre o passeio ofertado pela Três Marias (preço de 500 pesos) você vai em algumas ilhas observar os animais (passa bem pertinho), passa no falso farol do fim do mundo e desembarca para a caminhada de cerca de uma hora na ilha H.
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Prisão do Fim do Mundo
Aproveitei um dia depois de um passeio para dar uma visitada no Museu da Prisão do Fim do Mundo. Todos os dias as 18:30 acontecem as visitas guiadas e fica aberto até as 20 horas. Nela você conhece as histórias de alguns presos famosos que passaram na prisão durante a primeira metade do século passado. Um outro aspecto legal do passeio é conhecer  a réplica fiel do verdadeiro Farol do Fim do Mundo (que se eternizou na história com a obra do escritor Julio Verne), o acesso a replica só é possivel no passeio guiado.
Portanto, a visita a Prisão do Fim do Mundo é interessante, ainda mais que você pode realiza-lo no fim do dia depois de algum outro passeio. Também acho que só vale a pena a visita com o guia, senão você somente irá ver um monte de celas e sem saber o contexto de como foi construída e quem passou por essa prisão.
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No próximo post mostrarei as opções e dicas da Trilha no Parque Nacional Tierra del Fuego, Cerro Martial e Passeio 4x4.

domingo, 9 de março de 2014

TIBAGI - GUARTELÁ - CARNAVAL

 
Estive na cidade de Tibagi – PR para conhece-la no feriado de Carnaval de 2014. Tibagi possui cerca de 20 mil habitantes, mas no período do carnaval a cidade dobra de quantidade com a chegada dos turistas. E esses turistas vão só atrás do tradicional Carnaval? Não, a cidade possui diversos roteiros e passeios para quem curte um bom ecoturismo.
Carnaval
O objetivo de nossa viagem não foi especificamente curtir o Carnaval de Tibagi. Mas, como já estávamos lá (fui com minha namorada) unimos o útil com o agradável. Carnaval de Tibagi é um dos mais tradicionais do interior do Estado do Paraná. A festa é organizada pela Prefeitura Municipal e conta com uma boa infraestrutura, destaque especial para a grande quantidade de seguranças privados e o bom número de policiamento na praça central da cidade, garantindo a tranquilidade dos foliões.
Nessa última edição, o evento contava com três tendas, a principal que tocava os sertanejos e axés da vida, a de Samba e a outra de Rock. A grande atração do Carnaval de 2014 em Tibagi foi o show do Jorge Aragão. O evento é totalmente gratuito
O carnaval conta com o Desfile das Escolas de Samba do município e é uma atração a parte. Apesar de ser uma cidade pequena, fica claro a tradição do Carnaval Tibagiense quando se nota o cuidado e o carinho que a população tem com fantasias e os carros alegóricos.
A semana de carnaval de Tibagi possui também o chamado Desfile do Corso, que é um desfile onde as pessoas da cidade e da região se reúnem em turmas, se fantasiam e enfeitam os carros e desfilam na rua principal. Rende umas boas risadas. O pessoal mais bebe do que propriamente desfila.
Os dois desfiles são organizados em dias diferentes e se encerram na praça principal, sendo ali o lugar onde fica as tendas com os diversos estilos de música.


Onde Ficar?
Para quem procura um lugar barato a cidade possui diversos campings, tanto na área central quanto nas áreas perto das atrações turísticas. Se você quer um lugar mais $$ofisticado (não sei o porque que esta fazendo lendo um relato de mochileiro) a indicação fica por conta do Hotel Itagy que fica logo na entrada do perímetro urbano da cidade para quem esta vindo pela BR 376.
Eu optei por uma opção intermediária e  fiquei hospedado na Pousada do Engenho (custo de R$80,00 a diária com café da manhã) que fica muito bem localizada no centro de Tibagi e contém uma estrutura bacana e honesta pelo preço cobrado. A proprietária Patrícia é muito gente boa, inclusive deixou fazermos Check-Out bem depois do horário estabelecido pelo local.
Onde Comer
Como ficamos poucos dias acabamos não frequentando todas as poucas opções de gastronomia que a cidade oferece. Destaque fica o restaurante e pizzaria La Nonna (o restaurante tinha recém mudado de dono e ia mudar o nome) onde é servido pratos a la carte e na hora do almoço também existe a opção por quilo. Uma outra opção bem falada, mas que não tive a oportunidade de conhecer, é o Restaurante e Lanchonete Cristal que fica em cima do Supermercado de mesmo nome. A dica fica se você for (e deve) conhecer o Salto Puxa-Nervos pois no local é servido um almoço caseiro muito farto e com preço de R$!5,00 por pessoa.
O que fazer em Tibagi?
O Parque Estadual do Guartelá fica na região da cidade e abriga o maior Canyon do Brasil e o 6º maior Canyon do mundo. Estive lá no período da tarde e existe duas opões de trilhas. A básica (gratuita) que permite o banho nos panelões, a vista ao Mirante do Canyon e a apreciação de longe da Cachoeira Ponte da Pedra (foto abaixo).
A outra opção de trilha compreende todo o percurso da trilha básica agregado com a visita das pinturas rupestres, essa trilha só pode ser feito com guia. Para contratar o guia é necessário fechar com alguma empresa turística no centro de Tibagi (custo de cerca de R$28,00 por pessoa). O parque funciona de quarta a domingo e a entrada é franca.
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Rafting / Boia Cross
A cidade é banhada pelo Rio Tibagi que proporciona uma boa pratica de rafting. Existem duas operadoras de turismo que exploram a atividade. Acabei optando pela Tibagi Ecoturismo cujo o proprietário é o simpático francês Alain. O francês já foi técnico de canoagem da Seleção Brasileira, que por um período treinou na cidade, e optou por fixar residência em Tibagi.
Existem diversos passeios de rafting, alguns longos e outros curtos. Fiz o chamado Rafting Expedição cujo o percurso possui 21Km (custo de R$88,00 por pessoa). Recomendo esse passeio para quem tem bom preparo físico (definitivamente não é meu caso), tendo em vista o grande esforço físico que o longo trajeto faz aos participantes. Se fosse fazer de volta, escolheria o passeio normal. Além de ser mais barato (cerca de R$48,00 por pessoa), esse trajeto foca a emoção.
rafting
Uma outra alternativa de se aproveitar os rios de Tibagi é através do boia cross. Essa é uma modalidade no qual você senta numa boia com uma capa e deixa a correnteza te levar. A atividade acontece no Arroio da Ingrata, proporciona boas risadas e algumas boas emoções. O custo da atividade é em torno de R$50,00.
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Rapel; Canoing, Cascading
As opções oferecidas pelas agencias nessas modalidades são praticadas sobretudo no Salto Puxa Nervos e no Salto Santa Maria. Para quem tem pouca experiência ou nenhuma recomendo fazer o rapel (canoing) no Salto Puxa Nervos que possui uma queda de 45 metros. Se você possui um pouco de experiência, vale a pena fazer o rapel no Salto Santa Maria, lá você desce primeiro um paredão de 20 metros para depois descer a cachoeira de 45 metros. O custo varia de 100 reais a 150, dependendo do lugar e da quantidade de vezes que irá descer.
Salto Puxa Nervos
Salto Santa Rosa
As operadores de turismo vendem essas atividades. Entretanto, se você chegar no lugar é possível contratar direto com quem faz. O preço de tabela é o mesmo, mas nada que uma boa negociação não consiga um desconto. A vantagem de contratar com a operadora de turismo é que no valor deles esta incluído o seguro da atividade.
Nesses locais não há exploração de fotos, por isso recomendo que leve e deixe a máquina fotográfica com algum colega para que se registre o momento da descida.
Portanto, Tibagi é um excelente lugar para se aproveitar um feriado prolongado para curtir suas belezas naturais e praticar algum esporte de aventura.
Até a Próxima!!!




domingo, 23 de fevereiro de 2014

SUPERAGUI

 

A dica de hoje é para a Ilha sensacional de Superagui. Estive por lá no final de Novembro, logo depois da passada em Guaraqueçaba. Como já dito no Post anterior a intenção era chegar em Superagui direto de Guaraqueçaba, mas, devido a linha normal não estar funcionando durante a semana acabei indo para Paranaguá e de lá descolei uma carona para a Ilha pela manhã. O barco de Paranagua X Superagui de linha parte pela tarde. No entanto, não é difícil encontrar carona com algum pescador no início da manhã (foi o meu caso).

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Superagui é um lugar muito bonito. Você consegue trocar ideias com os nativos facilmente (e vale a pena), tomar uma boa cataia (bebida típica da região), que consiste numa mistura entre cachaça com a folha da cataia, e desfrutar de uma boa porção de peixe.

Na ilha existe a Praia Deserta que possui uma extensão de 38 km e que literalmente condiz com o nome, tendo em vista a presença quase nula de alguma alma viva lá. Nos dias que estive por lá era só eu, o Sr. Dog que nos acompanhou pela areia e alguns pescadores.

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A Ilha de Superagui possui alguns restaurantes, mas a boa parte só funciona durante fins de semana e principalmente em feriados prolongados.

Durante a minha estadia era a famosa época dos butucos (portanto novembro não é a melhor época para ir). Acabei indo para a Praia Deserta pela própria costa. O mais comum é pegar uma trilha, no entanto, tendo em vista a recomendação dos Nativos de que se fosse verde adentro não voltaria sem diversas mordidas no corpo.

Alguns habitantes da Ilha me passaram que é comum no trapiche de chegada e saída dos barcos, no início do dia e no final da tarde ver diversos golfinhos na orla. Infelizmente não obtive êxito. Mas vale a pena tentar.

Mas na volta para Paranagua foi fácil e corriqueiro ver diversos golfinhos acompanhando a embarcação.

Se você quer sossego, praia deserta e baixo custo, Superagui é a Pedida.

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domingo, 12 de janeiro de 2014

GUARAQUEÇABA – PR e RESERVA NATURAL SALTO MORATO

Estive em Guaraqueçaba no mês de novembro e vou aproveitar para divulgar algumas dicas. Guaraqueçaba é uma das cidades históricas do Paraná, fica localizada no litoral norte do Estado. A cidade possui cerca de 8500 habitantes (boa parte vivendo na zona rural e nas ilhas costeiras) e literalmente é uma cidade pequena. Se você espera grandes infraestruturas para turistas esqueça. A magia de Guaraqueçaba está exatamente no rustico da cidade. Poucas pousadas e não tantos restaurantes.
Fui para lá na Segunda – Feira e literalmente parecia que eu era o único turista. Em finais de semana, e principalmente em feriados prolongados, a cidade recebe uma quantidade maior de pessoas que acaba movimentando o Municipio.
Como chegar?
Existem duas opões para chegar em Guaraqueçaba. Uma partindo de Paranaguá através de barco, onde o trecho dura duas horas (diariamente sai as 9:00). E a outra é por via terrestre que acabei optando. Fui de ônibus partindo de Curitiba, através da Viação Graciosa . Os ônibus partem as 07 horas da manhã da Rodoferroviária de Curitiba e chegam um pouco antes das 13 horas. Apesar de ser perto da capital paranaense, a estrada a partir de Morretes é péssima. São cerca de 85km de estrada de chão.
Onde FIcar?
Fiquei hospedado na Pousada Chau onde o dono inclusive é o proprietário da Reserva Ecologica do Sebui a qual infelizmente não tive a oportunidade de conhecer. Recomendo a Pousada que apesar de ser simples é bem limpa e aconchegante.
O que fazer em Guaraqueçaba?
Guaraqueçaba possui algumas trilhas. Mas, a principal opção é ir para a Reserva Nacional Salto Morato que é mantida pela Fundação do Grupo Boticário e fica cerca de 15km do centro da cidade. A principal atração da Reserva é o Salto Morato  que possui uma queda e agua de cerca de 100 metros.
Salto Morato
As trilhas são muito bem cuidadas e possui uma boa infraestrutura ecologicamente correta.
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No caminho da trilha que leva para o Salto Morato é possível entrar na agua no aquário natural. Agua limpa e transparente, sendo possível ver algumas espécies de peixe por lá.
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Além da trilha que leva para o Salto Morato a Reserva possui uma outra trilha, um pouco mais extensa, que leva até uma figueira gigantesca. No caminho é muito comum se deparar com diversos passaros.
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Para chegar na Fundação do Boticário existem duas formas: A primeira, mais fácil e mais cara, é contratar um transfer no centro da cidade. É possível achar preços por volta de R$100,00 (facada), então se você for numa galera acaba se tornando um pouco mais viável. A opção mais barata é comprar a passagem da viação graciosa, parar no meio do caminho e andar por volta de 4 km. Para quem está vindo de Curitiba pode pedir para o Motorista parar no ponto de ônibus. O custo para entrar na reserva é de R$7,00.
Se alguém tiver interesse de acampar na Reserva Salto Morato a estrutura é fantástica (só é necessário fazer reserva com antecedência, e o custo é de R$10,00 por pessoa) e a equipe que trabalha lá é muito prestativa e amistosa. Eu fiquei durante o dia e deu para fazer todas as trilhas, mas creio que passando a noite lá deve ser uma experiência formidável. #ficaadica.
Onde Comer?
A gastronomia de Guaraqueçaba apresenta algumas opções. A dica e minha recomendação é visitar a Mercearia Rodrigue, estabelecimento que já possui algumas décadas na cidade e passou por uma reformulação há poucos anos. Recomendo tomar uma boa cerveja (o lugar possui uma boa variedade, tendo rótulos de todas as partes do Mundo) acompanhada de uma porção de iscas de peixe ou camarão. O custo varia com a marca de cerveja que você escolher, enquanto que a porção de peixe é por volta de R$20,00 e a de camarão R$35,00. Fica a dica para experimentarem a Cataia que é uma bebida típica da região, onde se mistura nossa tradicional cachaça com folhas típicas do litoral norte paranaense.
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Fui para Guaraqueçaba na Segunda Feira e pretendia conhecer a Ilha de Superagui. A intenção era ir de Guaraqueçaba direto para Superagui. No entanto, a linha durante aquela semana estava desativada e o custo para eu ir sozinho não compensava! Solução? Peguei o barco de linha para Paranaguá a tarde, passei a noite num Hostel e na manhã seguinte tentei e consegui descolar uma carona com um pesqueiro para Superagui.
Obs: Também é possivel voltar de onibus pela viação graciosa.